domingo, 13 de junho de 2010

Livro para crianças sobre a cultura japonesa


Falando ainda sobre o Japão, em 2008, no ano da comemoração dos cem anos da imigração japonesa no Brasil, aconteceu uma exposição para os funcionários da creche em que eu trabalhava e entre os quimonos, fotos e leques expostos eu encontrei este livro para crianças que conta de uma forma muito interessante a vida cotidiana japonesa. Uma garotinha de sete anos chamada Yumi é quem apresenta sua casa, sua escola, sua cidade(ela mora em Tóquio), os costumes, tudo baseado na rotina da sua família.
Foi engraçado porque algumas informações sobre o Japão eu descobri neste livro, como o costume de na hora do banho ensaboar-se com uma toalhinha antes de entrar na banheira para todos poderem usar a mesma água para tomar banho. Eles também tem uma festa somente para meninas, o Hinamatsuri em que colocam suas delicadas bonecas em uma espécie de altar para que tragam boa saúde para as meninas e um bom casamento. Tem uma foto real dessas bonecas:


O livro também mostra como se pronunciam os nomes dos objetos da casa em japonês, os nomes das comidas e das festas tradicionais. No fim tem um hiragana com a tradução para você montar as palavras que quiser.
A ilustração é cheia de detalhes e informações, que qualquer criança atenciosa e curiosa irá adorar, por isso é interessante que a ela tenha um tempo com o livro para poder manusear e observar todas as imagens. Fica a dica.
Algumas imagens internas do livro:

A viagem de Chihiro


Nunca fui fã de anime japonês. Só de cavaleiros do zodíaco quando criança, que me deixava vidrada na televisão todas as noites depois que chegava da escola. No entanto, um filme que marca minha juventude e me emociona muito é o longa de animação japonês A Viagem de Chihiro, que com certeza encantou muitas crianças e adultos com sua belíssima história fantástica que mistura seres humanos e um universo de personagens mitológicos japoneses.
A história inicia com uma família que está se mudando para a nova casa e no meio do caminho se perdem, acabando de frente para um túnel misterioso que os atrai para um parque aparentemente abandonado. Chihiro é a jovem filha do casal, que percebe algo estranho no local e tenta alertar seus pais para irem embora, mas eles não a escutam. Quando o dia começa a escurecer tudo se transforma e o parque começa a funcionar, seres estranhos começam a surgir e assustada, a pobre Chihiro começa a procurar por seus pais quando tem uma enorme surpresa que a deixa desesperada. A partir daí uma série de acontecimentos surgem e a menina passa um tempo inesquecível, cheio de perigos e aventuras no parque mágico.
O que me impressiona no filme é a riqueza dos detalhes da animação clássica, à música, à dublagem (mesmo em japonês) e a narrativa que formam um conjunto harmonioso e não me deixam enjoar de assistir. O filme ganhou o Urso de Ouro em Berlim e o Oscar em 2003 como melhor longa de animação, prêmios mais que merecido, pois acredito que supera todos esses desenhos americanos cheios de personagens manjados e histórias repetidas. Filme envolvente e cativante que vale a pena assistir, independente da idade.

Ficha técnica:
titulo original: (Sen to Chihiro No Kamikakushi)
lançamento: 2001 (Japão)
direção: Hayao Miyazaki
atores: Rumi Hiiragi , Daveigh Chase , Miyu Irino , Mari Natsuki , Takashi Naitô
duração: 122 min
gênero: Animação

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Como aprendi a gostar de ler ou porque eu quero viajar pra Islândia!


A Leitura sempre foi presente em minha vida. Nasci em uma família de leitores compulsivos. Minha mãe AMA ler por isso ela sempre procurou criar o hábito de leitura desde cedo na minha irmã e em mim. Para tal ela usou táticas que o pai dela usou quando ela era criança: Contação de histórias todas as noites, compra e leitura de muitos livros e gibis. Meu avô embora tenha pouco estudo, sempre a incentivou a estudar e, principalmente, ler bastante. Até hoje minha mãe guarda os primeiros livros que ganhou como: A coleção de Monteiro Lobato e dos Clássicos Disney.

Pelas razões já citadas, minha casa sempre foi abarrotada de livros, acredito que o acervo existente é de “dar inveja” a muitas bibliotecas. Com um ambiente tão rico e vasto não há como não crescer e virar uma “traça”. Minha irmã foi a primeira vítima, minha mãe a ensinou a ler com apenas 5 anos, e desde então não parou mais, aos 8 havia lido toda a coleção do Monteiro Lobato (minha mãe comprou uma nova pois a dela já estava desmanchando) entre outros clássicos da literatura Infanto-Juvenil, isto causava-lhe certa discriminação pois ela não conseguia relacionar-se direito com as crianças de sua idade.

Quanto a mim, não tive a sorte de ser alfabetizada pela minha mãe, pois ela trabalhava o dia todo. Tive que esperar para aprender a ler na Escola, lembro-me que no primeiro dia de aula sentia muito medo de não conseguir aprender, pois tinha muita vontade de saber o que estava escrito nos livros que eu tanto folheava.

Em um mês já estava lendo tudo, por isso eu e minha irmã ganhamos a assinatura da coleção dos gibis da Disney e da Turma do Alegria. Passava horas no banheiro lendo as revistinhas, adorava ler no banheiro.

Foi nessa época que os planos não saíram como minha mãe previa, não era uma leitora compulsiva, até gostava de ler, mas não com a mesma intensidade dos outros membros da família, ela se desesperou..tentou de todas as formas...fiquei até com fama de que não gostava de ler.

Quando já estava com 12 anos, minha mãe havia perdido as esperanças, e em uma última tentativa me mostrou o livro que ela ia trabalhar com os alunos dela que tinha a minha idade: Otelo de Shakespeare, da série Reencontro da Editora Scipione. Olhei o livro e fiquei curiosa porque o escritor era famoso, por isso decidi ver do que se tratava. Para minha surpresa... Não conseguia parar de ler...li em uma tarde as cento e poucas páginas. Acredito que minha mãe nunca me forçou, ela apenas queria que eu conhecesse e me envolvesse neste universo tão rico quer é a leitura, ela sem dúvida foi a mediadora mais importante neste processo, pois a escola em que estudei nunca tentou incentivar essa prática, pelo contrário até quebrava o encanto que a leitura tem. Era muito freqüente ouvir professores falando que detestavam ler.

Minha mãe ficou muito feliz e fez questão de comprar quase todos os títulos desta coleção, que eram os grandes clássicos da literatura universal recontados, foi assim que comecei a virar “tracinha” de livro. Uma outra coleção de clássicos me interessou, mas desta vez da editora melhoramentos, eram livros de capa dura bem velhos, comprados em sebo. Um dos títulos que mais gostei foi “Viagem ao centro da Terra” do Júlio Verne, talvez tenha sido um dos livros que me inspiraram a escolher Geografia na faculdade, mas isso é outra história!

O livro é muito interessante, uma das primeiras ficções científicas que li (quem me conhece sabe o quanto gosto deste gênero). A história começa quando o professor e seu sobrinho encontram um enigma, que os leva a Islândia... os dois acabam descobrindo que na montanha Sneffels, há uma cratera chamada Scartaris e que através dela, era possível chegar ao centro da terra, ao longo da narrativa temos um aprendizado constante sobre geologia e palenteologia. Foi nessa época que decidi que um dia conheceria a “terra do fogo e do gelo” e tentar encontrar a entrada para o mundo subterrâneo e ver as iniciais gravadas na pedra do Arne Saknussen.

A idéia parece meio absurda, mas há pessoas que acreditam na teoria da terra oca... pessoas como meu noivo!

Mas porque lembrei disso tudo?

Essa semana recebi esse vídeo (cuidado a música gruda na mente)

Esse vídeo foi feito como uma campanha publicitária. Um grupo de apoio ao turismo decidiu criar um projeto para a divulgação do país entre os turistas, e assim, promover sua entrada entre os principais circuitos de eco turismo no mundo. O vídeo mostra que independente de problemas com vulcões essa pitoresca ilha localizada no meio de duas placas tectônicas é um lugar bem agradável para visitar...

E se isso não for o suficiente vale lembrar que a Islândia é a Terra da Björk, excêntrica cantora nascida em Reykjavík (capital do país), ela tem músicas e clipes fabulosos como esse abaixo:

Penso que tive muita sorte de ter nascido em um ambiente leitor, com tantos livros, tantas viagens por lugares insólitos....

E você ficou com vontade de ler “viagem ao centro da Terra” ? ou conhecer a Islândia?

terça-feira, 8 de junho de 2010

teste jacqueline 4,5,6...

TESTE

Testando 1,2,3...